Projecto Lisboa Ciclável

A FPCUB tem efectuado, desde a sua fundação, diversas acções de sensibilização das populações, autarquias, decisores políticos e empresas de transportes colectivos para a importância da integração da bicicleta num sistema global de transportes. Porque a bicicleta não emite poluição atmosférica nem ruído, ocupa pouco espaço, não consome energia (a não ser a de quem pedala) e é uma eficiente forma de mobilidade para as pequenas deslocações diárias e/ou para o lazer ou em percursos maiores, em conjunto com os transportes colectivos, contribuindo para a qualidade do ambiente, em especial nas cidades.

Como consequência do desenvolvimento deste projecto a FPCUB e a Câmara Municipal de Lisboa assinaram no primeiro semestre de 2000 um protocolo de cooperação visando a criação progressiva de condições para a utilização da bicicleta na cidade. À FPCUB cabe a assessoria técnica do ponto de vista do utilizador de bicicleta e o acompanhamento de todos os planos propostos pela C.M.Lisboa. Após se ter conseguido sensibilizar a autarquia para o projecto este protocolo constituiu o ponto de partida para a segunda etapa que começa agora a dar os seus frutos.

O projecto é ambicioso e tem como objectivo dotar a cidade de Lisboa de uma série de condições para a utilização da bicicleta tanto para fins utilitários e deslocações do dia-a-dia como para o lazer. Assim prevê-se a criação de uma rede de ciclovias, entre outras infra-estruturas de apoio.
A primeira ciclovia já inaugurada (na véspera da iniciativa “Dia Europeu Sem Carros” 2001 e no âmbito do protocolo existente) liga o interface de transportes públicos de Entrecampos ao interface do Campo Grande e ao bairro de Telheiras. Esta ciclovia será ramificada numa segunda fase até à Cidade Universitária, Av. Brasil e bairro dos Olivais. Prevêem-se ligações posteriores ao Alto do Parque, Av. da Liberdade e Praça do Comércio/Terreiro do Paço; uma ligação junto à zona Ribeirinha entre Belém e o Parque das Nações (que irá conectar com os Olivais). Prevêem-se ainda ligações à zona da Alta de Lisboa e entre Belém e Benfica (via Parque Florestal de Monsanto, onde estão a ser ultimadas as ciclovias internas e via circular). O objectivo é criar-se uma rede circular em torno de Lisboa preenchida por uma malha interior com diversas ligações e diversas potencialidades de expansão.