Velo-city 2007 München (Munique)
O melhor meio de transporte numa cidade é a bicicleta – rápida, flexível, silenciosa, não emissora de gases poluentes, fácil de parquear, forma de exercício gratuito. Menos carros, mais bicicletas – Esta visão tem trazido muitos benefícios a inúmeras cidades. Para que isto seja realidade são necessários novos conceitos e ideias e uma estratégia.
De 12 a 15 de Junho de 2007 a FPCUB esteve representada na conferência Velo-city 2007 em Munique, sob o tema da “Da Visão à Realidade” e onde foram apresentados casos de sucesso de cidades que ganharam o desafio da mobilidade sustentável em bicicleta ou que para isso estão a trabalhar.
Para que as cidades portuguesas se tornem mais amigas da bicicleta é necessário que se passe a integrar a circulação da bicicleta no tráfego através da implementação de Planos de Mobilidade em bicicleta. Por outro lado é necessário uma nova visão da cidade aplicando-se conceitos de construção adaptados às pessoas e não aos automóveis. Em todas as cidades onde este conceito foi aplicado o tráfego na cidade não é concebido sem se entrar em conta com a bicicleta.
São os seguintes os factores básicos para que a circulação da bicicleta nas cidades seja possível e que a adesão das pessoas seja igualmente um sucesso:
– Consciência para a sustentabilidade, tanto dos habitantes como dos dirigentes das cidades, que devem saber como querem as pessoas que as cidades se lhes apresentem.
– Líderes políticos que compreendam e defendam como objectivo prioritário os princípios de integração da bicicleta no tráfego rodoviário das cidades e que tomem medidas nesse sentido, promovendo a utilização da bicicleta diariamente.
– Financiamento dos sectores público e privados visando a criação de mais e melhores facilidades para a utilização da bicicleta garantindo a segurança dos utentes.
– Integração das políticas para a bicicleta em outras áreas como a saúde e o ambiente.
Como demonstraram as cidades presentes na Conferência Velo-city tudo isto pode ser implementado e conseguido a baixos custos e com benefícios ao nível do desenvolvimento das cidades, permitindo mais saúde, melhor ambiente, mais produtividade, mais tempo livre para as famílias, para a cultura e para o lazer. Além de tudo são medidas muito populares.
Temos que continuar a convencer os nossos políticos de que a bicicleta é mesmo importante.