PROTOCOLO DE QUIOTO

Em Junho de 1992 na Cimeira da Terra, no Rio de Janeiro, os líderes mundiais pediam que fossem reduzidas as emissões de gases com efeito de estufa (GEE) (por ser um dos factores do aquecimento global do planeta). Em 1996 na Conferência de Génova, é feito um apelo à indústria para reduzir as emissões dos GEE (com origem nos combustíveis fósseis e no carvão). Em 1997 é assinado no Japão o Protocolo de Quioto (nome do local onde foi assinado) e que constitui o primeiro tratado internacional para a redução das emissões dos GEE. Impôs-se aos países industrializados que entre 2008 a 2012 descessem em 5.2% o nível de emissões de 1990.

Em Novembro de 2000 em Haia na Holanda os países não chegam a acordo na forma como regulamentar a aplicação do Protocolo de Quioto, em especial os EUA e a União Europeia. No passado mês de Julho em Bona, na Alemanha tiveram lugar mais negociações entre os países tendo sido aprovado o regulamento de aplicação do Protocolo de Quioto, com várias alterações em relação à proposta inicial e isto depois do presidente do EUA, ter em Março deste ano rejeitado o Protocolo.
 
Enquanto a proposta inicial considerava uma redução de 5.2%, o acordo de Bona prevê apenas uma redução e 3.4%, o que é negativo, isto é, os países terão que reduzir em menor percentagem a emissão de GEE. Segundo estudos científicos se as emissões de GEE não diminuírem, a temperatura do planeta poderá subir até 6 °C nos próximos 100 anos, provocando uma subida no nível do mar em cerca de um metro, o que obrigará muitos milhões de pessoas a abandonarem zonas costeiras. Entretanto os EUA, um dos maiores poluidores do mundo, apesar de terem aceite esta versão do protocolo não pretendem ratificá-lo (isto é, não o irão seguir), e isto porque ele deixou de ser vinculativo (não é obrigatório).
 
Em Julho de 2000, antes das negociações de Haia, Portugal apresentou um pré-plano de luta contra as emissões poluentes (de GEE que provocam o aquecimento global do planeta e a diminuição da camada de ozono – esta protege os seres vivos dos nocivos raios ultravioleta do sol). Um dos sectores mais poluentes que deverá fazer algo para contribuir para a diminuição das referidas emissões e cumprimento do Protocolo é o sector dos transportes. Há que poupar energia, beneficiar aqueles que menos poluem e taxar aqueles que poluem. Portugal está a preparar o programa nacional de redução da emissão de GEE (que deverá estar concluído até final do ano). A FPCUB continua a defender ao nível do sector do transporte de pessoas e mercadorias deverá ser feita uma aposta nos transportes colectivos dando-se prioridade à ferrovia convencional (até 200km/h) e à criação de condições para a utilização de formas de transporte alternativas ao automóvel privado, como a bicicleta.